Que espécie de amor diáfano,
Zen budista
Lançaria um vidro sem nada
Em direção a lugar nenhum?
Encontrada a garrafa
Onde estaria a mensagem?
Aberto o vidro
Qual seria a razão?
E a garrafa permanece ali
Jogada, solitária
Porque nada tinha a dizer
Nem papel
Nem mensagem
Quantas garrafas e quantos vazios
Cruzam mares e pensamentos
Partem na visão de mistérios
E chegam límpidos e evidentes
Pousando a lente indecifrável
Da mensagem
No vazio da garrafa
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